Um tosco altar, improvisado. Pedras catadas daquele templo antigo sobrepostas. Traços de uma civilização que já foi a maior daquelas bandas. Reminiscências em forma de granito. Duas velas e algum incenso. O gringo deposita umas moedas na caixinha enferrujada. Ao sair vê o menino que estava sentado ali no canto, vigiando o altar, e a caixa. Resolve perguntar antes de sair:
- Que Deus é este?
- O Deus do Dinheiro.
- Nunca ouvi falar... como assim?
- É que um dia tive um sonho, e o Deus do Dinheiro mandou que eu construísse este altar, arranjasse as velas e o incenso, que ele me ajudaria.
- E aí?
- Nada a reclamar, e a cotação baixa do dólar ainda está ajudando.
O gringo partiu sem entender direito.