Vinham de todas as partes. Não fiz um censo naquele antro de luxúria, mas havia diversas colombianas, filipinas, vietnamitas, tailandesas, chinesas, ganenses, russas etc. As filipinas e colombianas predominavam. Dividiam o espaço de certa maneira, colombianas, e seus seios fartos, à direita, filipinas, sem bunda, à esquerda.
Um sociólogo dos anos ’70 talvez citasse a opressão dos antigos colonizadores e a luta de classes para explicar a opção por aquela vida difícil e efêmera.
A realidade era mais fugaz:
“No money, no honey”, explicou-me Sofia, uma russa.
Saí entendendo tudo.