sábado, abril 21, 2007

Aldeia Global

Vinham de todas as partes. Não fiz um censo naquele antro de luxúria, mas havia diversas colombianas, filipinas, vietnamitas, tailandesas, chinesas, ganenses, russas etc. As filipinas e colombianas predominavam. Dividiam o espaço de certa maneira, colombianas, e seus seios fartos, à direita, filipinas, sem bunda, à esquerda.

Um sociólogo dos anos ’70 talvez citasse a opressão dos antigos colonizadores e a luta de classes para explicar a opção por aquela vida difícil e efêmera.

A realidade era mais fugaz:

“No money, no honey”, explicou-me Sofia, uma russa.

Saí entendendo tudo.