terça-feira, março 06, 2007

Tubarões e aviões



Tempos modernos... quando comecei a viajar mundo afora havia poucas companhias aéreas por aí, e quase todas, embora privadas, eram tidas como representantes de seus países, missões diplomáticas aladas, esquadrilhas aéreas da paz, sempre bem-vindas em bases não-militares d’aquém e d’além-mar. Carregavam não apenas seus cidadãos mas via de regra o próprio nome do país: Swissair, Aerolineas Argentinas, British Airways, Singapore Airlines, KLM Royal Dutch Airlines, só para ficar em algumas mais conhecidas.

Brotaram então as discount airlines para tripudiar o statu quo e desafiar a inteligência dos passageiros. Pois tente alguém me explicar como elas todas conseguem oferecer passagens para qualquer grande cidade européia por alguns Euros – ou um par de chopps em moeda local à taxa de câmbio do dia?!?

Aí lembrei de uma piada antiga de humor negro e resolvi reciclá-la. Aliás, eu que não sou doutor, imagino que reciclagem de piadas deva estar na seleta categoria de crimes contra a humanidade, inafiançáveis.


No aeroporto local as centenas de parentes e amigos se aglomeravam no pequeno balcão. Xingavam, choravam e exigiam informações sobre os passageiros do vôo que caíra no mar infestado de tubarões. Nenhum sobrevivente.

Logo ali perto dos destroços submersos dois tubarões dialogavam: "pensando bem, para uma companhia de segunda, a comida até que estava de primeira."