sexta-feira, março 30, 2007

Inspirações


Viva o Zé Simão! Eta cabra bom. Me resolveu vários dilemas existenciais. Vou economizar uma grana com terapia, no dia que começar a fazer. Por enquanto economizo 100%.

E tem aquela piada do português que ao chegar na parada de ônibus vê o seu partindo. Corre atrás, até a próxima parada. Não alcança por pouco. E corre atrás novamente. A ladainha se repete por mais algumas estações até que o gajo chega ao destino. Em casa, muito eufórico pela façanha, conta para a esposa:

- Oh Maria, tu não acreditas no que fiz hoje. Imaginas que corri atrás do autocarro (i.e. ônibus, em dialeto lusitano) de paragem (i.e. parada, ibid) em paragem, até cá chegar. Ora pois, economizei o dinheiro da passagem.

A Maria não perde tempo e arremata:

- Mas Joaquim, tu és muito burro mesmo. Por quê não correste atrás de um taxi? Terias economizado muito mais!

Mas como eu dizia,... a idade vem chegando e os cabelos brancos - é verdade, nem todos caíram ainda - e já estava começando a arredondar a idade pra baixo – um pouquinho só vai, todo mundo faz isto - falar que desconheço Atari, dizer que nunca vi LP de vinil, computador com tela de fósforo verde então nem pensar etc. Agora adotei a do Zé Simão: tenho 18 anos. Mais alguns de experiência.

E tem mais. Tinha um problema mal resolvido com religião também. Levava uma meia hora, gastava um monte de metáforas, falava da história da minha vida, da infância em colégio de freiras, tudo pra dizer que era ateu, pero no mucho. É que embora ateu convicto nunca larguei mão de um sal grosso em casa, um banho de arruda de vez em quando, flores para Iemanjá e roupa branca no ano-novo, e outras vicissitudes. Agora estou resolvido, virei ateu místico. Qualquer dúvida sobre o que Diabos isto quer dizer, é só perguntar pro Zé.

Eu até gostava quando dizia que era agnóstico. Achava chique. Até o dia que um amigo me xingou:

Agsnóstico?!? Porra, mas tu é um vira-casaca mesmo. Eu jurava que você ia morrer flamenguista! Pela memória daquele time de ouro, Adílio, Zico, Andrade, Júnior… era mais da metade da seleção brasileira. Aquilo é que era time. Agora tu me vens com esta história de que virou agnóstico. Deve ser um daqueles times de São Paulo que nunca ninguém ouviu falar antes.

Ainda tentei explicar que focinho de porco não é tomada, mas era tarde, ele desligou o telefone na minha cara. Graças a Deus.