Hoje estufo o peito e lanço um desafio entre os amigos foliões que me acompanham ladeira abaixo e ladeira acima em Salvador:
“quem for macho e der conta que me acompanhe na minha maratona carnavalesca. E preparem-se, começo na terça-feira solidário à pata-amada do Camaleão no Campo Grande. E quase ininterruptamente sigo até o arrastão da Timbalada, que só se encerra ali na quarta-feira de cinzas em Ondina, quando o Carlinhos Brown mandar parar. Dá mais de 24 horas de folia.”
E com ousadia arremato:
“porque o Carnaval mesmo só começa na terça, de quinta até segunda é mero aquecimento, preparação, para o Grand Finale.”
Este ano, apesar do troféu de bronze ofertado, não houve sequer inscrições. Viajei na quarta à noite resignado, e com a certeza de que o Código Penal recém renovado, depois de anos vagando pelos escaninhos do Congresso, merecia já um adendo. Haveria que permitir a eutanásia nos casos terminais de ressaca como a que vivia naquela noite de quarta-feira de cinzas (providencial este nome...).
PS: um primo querido há muito já defendia esta idéia. Dizia que nos casos de ressaca de licor de ovos ou licor de menta a eutanásia era uma forma mais humana de abreviar a dor. Sábias palavras.