sexta-feira, março 09, 2007

Cada qual com seu cada qual

O ex-Presidente americano Bill Clinton narra em sua autobiografia seus encontros com o Boris Yeltsin, ex-Presidente russo. E de uma forma muito eufemística relata que “ouviu dizer” que Yeltsin era muito chegado numa branquinha nacional – parece que era difícil mesmo encontrar o cara sóbrio – mas que este fato nunca influenciou negativamente nas suas tratativas bilaterais.

Imagino a alegria do Yeltsin ao ler esta “limpada de barra” por parte do Clinton. Penso nele ligando de madrugada para o Clinton, bêbado que nem gambá – nunca ouvi dizer que gambás fossem alcoólatras, vai entender – para agradecer a gentileza.


- Bill?

- Sim, quem é?

- Pô mermão, aqui é o Boris, hic...

- Oi Boris, tudo bem?

- Tô de boa... hic... liguei pra agradecer... você foi um gentleman... tô te incomandando?

- De forma alguma, estou com uma nova assistente explicando os trâmites aqui do escritório.

- Então,... hic... valeu... você limpou bonito minha barra... até a patroa gostou...

- Humm...

- Pois é... hic... era a pressão do trabalho que me fazia tomar outras e umas... sabe como é né... hic... pra dar uma relaxada...

- Uiii....

- Então, hic... já dei uma diminuída na bebida... só uma por dia...

- Ahh...

- Quer dizer... hic... uma garrafa... antigos vícios, nesta idade... hic... difícil...

- Uff....

- Bill?!? Tá aí?!?

- ...

- Vou desligar... te ligo outra hora... spaciba, again,...hic...


Antes que pousasse o fone no gancho, do outro lado um gemido, gozei....



PS: e quem disse que Churchill, Yeltsin e o nosso sapo-barbudo não tinham nada em comum?!?