sexta-feira, março 09, 2007

Lego Paradox


Na casa de uma amiga em São Paulo vi um quadro lindo, em preto-e-branco, o retrato de um Picasso já velho, feito todo de Lego. Wünderbar! Tempos depois vi uma impressora jato de tinta e outras coisas complexas construídas a partir do simples Lego.

Suponho que todos conheçam Lego, aquelas pecinhas de plástico colorido que se encaixam umas às outras. Invenção de uns dinamarqueses malucos. Simples e belo.

Tenho a impressão que o mundo também já foi mais simples e belo um dia. Ao longo dos séculos, principalmente do lado ocidental do nosso planeta azul, complicamos tudo o que estava ao nosso alcance, fossem relações amorosas, amizades, o que vestir ou o que comer.

O mundo seria melhor se fosse mais simples, cogito ergo sum.

Em economês, regras demais, complicações em excesso, burocracia: destroem valor. Em “bom português”: não servem pra porra nenhuma.

Assim convoco-o, ilustre leitor (há mais de um???) deste bufão que vos escreve, para a grande cruzada do século XXI: vamos desconstruir o que encontrarmos pela frente!

De prédios faremos tijolos,
de códigos de leis faremos simples mandamentos,
do padrão de mouse com dez botões adotaremos o padrão Apple, um botão.
E finalmente, dos romances modernos, com seus longos dramas entrelaçados, faremos versos simples de um Mário Quintana ou de um Fernando Pessoa: “Aqueles que atravancam o meu caminho, eles passarão, eu passarinho; Tudo vale a pena, se a alma não é pequena.”

Morte aos infiéis!