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Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do poder
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chover
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem comer
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barragem
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudagem
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiagem
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa coragem
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãoComposição: Luiz Gonzaga / Zé Dantas
Extraia o sumo: CD Luiz Gonzaga e Fagner ABC do Sertao 1988